Um espaço bem iluminado em nada tem a ver com um ponto de luz no meio do ambiente e só. Muitas vezes, nem ali essa luminária deveria estar. Iluminar é técnica aliada à estética e, num mundo ideal, seria sempre personalizada: depende das dimensões e características do ambiente, seus usos e dos gostos de quem vive ou trabalha naquele lugar.
Mas se você quer umas dicas para melhorar a qualidade da iluminação da sua casa, você está no lugar certo. Já orientamos como iluminar melhor o quarto, as áreas externas, os ambientes com obras de arte… agora é a vez do espaço mais citado dos últimos dois anos: o home office.

PRIMEIRO PASSO
Para iluminar de forma pontual e eficiente a mesa de trabalho, pense na natureza do que é realizado ali. Onde está a cadeira, quais os objetos e equipamentos são utilizados, como é a sua postura a maior parte do tempo. O ideal é que a luz chegue de forma direta. “Por exemplo, se for um desenhista, a luz precisaria estar a frente do eixo da mesa, para que se em algum momento ele se debruce, o trabalho não seja afetado”, afirma Leonardo Alves, projetista da FAS Iluminação.
A iluminação geral deve conversar com esse foco pontual por meio de uma intensidade similar. Esse cuidado faz com que a jornada de trabalho se torne mais confortável. Ah, e nada de luz cênica no home office, porque a necessidade de adaptação constante da retina entre as quantidades de luz emitidas tende a causar cansaço visual.

A LUMINÁRIA PERFEITA
A luminária perfeita é, bem… a que você mais gostar, desde que ela atenda a alguns pré-requisitos, segundo explica Alves: a fonte de luz deve estar fora do alcance da vista – em um ponto no teto, por exemplo – ou contar com uma cúpula ou difusor para minimizar o desconforto, se as luminárias forem de mesa ou chão.
Isso porque o ofuscamento deve ser o mínimo possível, ou seja, a intensidade da luz que chega aos olhos precisa ser amena e “filtrada” em relação ao foco emissor. Para trabalhos mais complexos, nos quais as cores exercem maior influência, por exemplo, o índice máximo de ofuscamento (UGR) recomendado é menor ou igual a 16. Para leitura, escrita e uso do computador, até 19.
O ideal é fazer o cálculo, mas se não for possível, pense assim: a luz não pode chegar como a de um crepúsculo na estrada (de 45o a 90o) em relação à linha da visão. Aletas, cúpulas, refletores e afins são imprescindíveis para que o ofuscamento não prejudique a vista no curto e longo prazos.

TEMPERATURA DA LUZ
Outro aspecto importante é a temperatura da luz, medida em uma unidade chamada Kelvin (K). Ela vai determinar se a aparência do espectro é mais amarelada ou esbranquiçada. As temperaturas mais baixas (de 2400K a 3000K) são mais alaranjadas, aconchegantes e, portanto, indicadas para espaços de lazer e descanso. As ditas neutras (cerca de 3000K a 4500K) vão ser eficientes para locais onde é exigido um tanto mais de atenção, como nos home offices. As mais altas com espectro branco-azulado – de 4500K até 6000K -, são usadas onde se é necessária extrema concentração, como ambientes industriais.

Mas por que é assim? O projetista esclarece a questão, nos lembrando do nosso ciclo circadiano. Pense na trajetória do sol em um dia: nas extremidades do nascer e do poente, estamos nos extremos do sono. No pico do dia, entre 12h e 16h, são as horas mais inundadas de luz e, também, as mais ativas. Assim, obedecer à lógica da temperatura da luz ajuda na produtividade e no descanso.
APROVEITE O DIA
Para finalizar, a luz natural é muito boa para home offices, portanto, considere aproveitá-la. Se o ambiente tem conceito aberto, observe o ponto onde a luz melhor incide e leve em conta seus múltiplos caminhos. Caso seja um cômodo fechado, posicione a mesa próxima à janela, de forma a iluminá-la sem interferências.
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