Em diversas culturas o coração é tratado como fundamental à vida e morada das paixões, sentimentos e espiritualidade. Os egípcios na antiguidade acreditavam que só pessoas com o coração tão leve quanto a Maat (a pena da verdade) poderiam entrar na vida após a morte e viam o órgão como o lar dos sentimentos amorosos.
Milhares de anos antes, o músculo cardíaco aparecia graficamente representado na arte rupestre, sendo a silhueta de mamute com um ‘coração’, o exemplo mais citado. Ela foi desenhada no Paleolítico Superior – a cerca de 13 a 18 mil anos – na caverna El Pindal, nas Astúrias, Espanha.
Já na Grécia, Aristóteles (384-322 a.C.) é sempre lembrado quando o assunto é esse órgão muscular oco que habita o peito e bombeia mais de 70 mil litros de sangue todos os dias. Para o filósofo, era o coração a sede das emoções e da inteligência, porque quente e em movimento, ao contrário do cérebro.
Enquanto na Bíblia, o “coração é entendido como aquele que recebe e guarda a palavra de Deus”*, o século 12 traz os menestréis e trovadores franceses cantando para musas idealizadas aspirando a “troca de seus corações como símbolos de fidelidade”. E é aqui, no medievo, que o ícone <3 que conhecemos e tanto usamos aparece simultaneamente em trabalhos de arte religiosa e secular.
Vermelho e perfeitamente simétrico, ele emerge como “duas metades iguais que sem fundem em um e transmitem o ideal filosófico, caro a Platão, de que cada pessoa procura se unir à sua alma gêmea”. Hoje, o símbolo do coração está na arte, nos objetos, nos emojis e em (quase) tudo que remete ao amor romântico ou não. Aqui na FAS Iluminação, essa forma tão singela, faz parte de três luminárias. Presentes perfeitos para o próximo 12 de junho.
CORAÇÕES ILUMINADOS
One From the Heart (1989), Ingo Maurer
O duplo coração de Ingo Maurer é uma das criações dos experimentais anos 1980. A base dupla leva duas hastes metálicas ao coração vermelho que guarda a fonte de luz halógena. Mas, logo acima, essas estruturas se separam para segurar um espelho que projeta um reflexo coronário perfeito em qualquer superfície opaca. Com 95 cm de altura e 40 cm de largura, a luminária é lúdica e incomum, se tornando um chamariz onde quer que esteja colocada.
Rail, Davide Groppi
A luminária para parede assinada por Davide Groppi é leve, divertida e contém certa ironia. Estruturada por trilhos de trenzinho elétrico atravessados por um facho luminoso, pode indicar uma paisagem imaginária na qual a luz cria outros caminhos, cruzando a trilha já pronta e mais óbvia, como tanta vez faz o amor.
Kokoro (1998), Dagmar Mombach e Ingo Maurer Team
O papel japonês que compõem todos os MaMo Nouchies da Ingo Maurer GmbH passa por uma série de processos manuais no Studio Dagmar Mombach. Com um vermelho intenso, a luminária de mesa Kokoro é leve e parece dançar como uma bailarina sobre a superfície. O detalhe final é o coração do topo, que reflete da luz LED.
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* As citações são traduções livres contidas no livro “The Amorous Heart: An Unconventional History of Love”, Marilyn Yalom.